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Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

© 2007 Michelle Douglas

© 2015 Harlequin Ibérica, S.A.

Anjo de amor, n.º 1106 - Fevereiro 2015

Título original: His Christmas Angel

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2008

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

I.S.B.N.: 978-84-687-6015-5

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Volta

Capítulo 1

 

Cole atravessou a casa e saiu pela porta das traseiras. Apoiou-se no corrimão do alpendre e respirou fundo. Meia hora. Voltara apenas há meia hora e já estava ansioso por sair dali. Continuava tudo na mesma.

«Pelo amor de Deus, pensava que depois de dez anos…!»

Rodou os ombros, tentando aliviar a tensão que se acumulara neles. Observou o jardim. Que desastre! Teria de arranjar a vedação, cortar a relva e a…

A árvore de Cassie.

Olhou para o sol da tarde, contudo, duas árvores enormes do outro lado da vedação impediam-no de ver grande parte da casa no jardim do lado. Continuaria Cassie Campbell a viver ali?

«Cassie Parker», recordou. Casara-se há dez anos.

E era viúva há dezoito meses. Algumas coisas tinham mudado.

Passou uma mão pela cara. Cassie já não devia viver ali. Devia viver no centro da vila com a sua família, pois já não precisava de viver nos subúrbios. E dado que a sua mãe tinha morrido…

Sentiu uma dor intensa no peito. Não voltara para o funeral. Também não voltara para o funeral de Brian.

Observou atentamente o pouco que conseguia ver da casa e do jardim, tentando imaginar outra pessoa a viver ali, porém, não conseguia. Voltou a olhar para a árvore que se encontrava no canto. Sorriu e sentiu-se menos tenso. Naquela época, a única coisa que fizera com que a vida fosse suportável fora Cassie Campbell.

«Cassie Parker» voltou a recordar e o seu sorriso desapareceu.

Voltou a apertar o corrimão com força. O que estava a fazer? A tentar vê-la? Teve vontade de bater com cabeça contra o poste. Deixara de pensar em Cassie há dez anos.

«Sim, claro!», pensou. «É por isso que estás a tentar espreitar por cima da vedação.»

Gemeu de frustração. Provavelmente, já não morava ali. Estava quase a virar-se quando viu uma perna pendurada numa árvore. Uma perna comprida, magra e feminina. Pestanejou e pôs a mão sobre os olhos para conseguir ver.

Cassie?

Sentiu um aperto no coração, contudo, a curiosidade fez com que descesse os degraus do alpendre e atravessasse o jardim. Era uma perna muito interessante e ficou curioso de ver quem vivia na casa de Cassie.

Uma exclamação saiu da árvore à medida que ele se aproximava e, por alguma razão, fez com que sorrisse. Acelerou o passo e, sem esperar que os seus olhos se adaptassem à sombra, levantou o olhar. Ficou sem ar e sem palavras. Não conseguiria ter emitido um único som coerente, mesmo que a sua vida tivesse dependido disso.

Uns olhos violetas olharam para ele. Contemplaram a sua cara e, então, uns lábios generosos formaram um «O» perfeito.

– Ena, Cole Adams veio passar o Natal!

Cassie Campbell!

O seu coração acelerou e Cole engoliu em seco.

– Olá, Cassie! – cumprimentou.

– Olá, Cassie? – perguntou. – Ao fim de dez anos, é a única coisa que te lembras de dizer?

Então, sorriu. Sorriu de verdade. Cassie punha sempre todo o seu coração num sorriso e conseguiu eclipsar o próprio sol. Cole pestanejou, porém, não desviou o olhar.

A sua pele ficou tensa, como se o seu corpo fosse demasiado grande para ela.

– Foste-te embora sem sequer te despedires – acrescentou, ficando séria.

As suas palavras magoaram-no e, naquele preciso momento, sentiu que não podia estar mais arrependido do que fizera. Se pudesse voltar atrás dez anos…

De repente, Cassie sorriu novamente e Cole não conseguiu pensar.

– Ajudas-me, Cole?

Ajudar…? Então, reparou no gatinho que carregava nos braços.

Cassie baixou-se e entregou-lho.

– Não o largues! – avisou, enquanto desaparecia entre os ramos. Reapareceu com um segundo gatinho, que também lhe entregou. Voltou a desaparecer. Em poucos segundos, Cole recebeu o terceiro, ficando com os braços cheios de gatinhos.

Cassie sorriu.

– Parece que não tens mãos para me ajudar.

A sua pele tinha o tom cor-de-rosa suave das pétalas das rosas e Cole desejou esticar a mão, e ajudá-la a descer. Desejou tocar-lhe. Desejava saber se era tão suave como parecia. Tentou segurar os gatinhos nos braços, no entanto, eles não paravam de se mexer.

– Não deixes que fujam, Cole Adams!

– Não, senhora – disse, enquanto Cassie saltava da árvore. A sua fragrância invadiu-o. Cheirava a qualquer coisa tropical e desejou afundar a cara no seu pescoço, e respirar fundo.

– Já subi a esta árvore vezes sem conta. Achas mesmo que precisava de ajuda?

– Estás de saia – disse. Estava perfeita! A saia rodeava as suas coxas como se dançasse de alegria só por estar a envolver Cassie Campbell.

«Parker», recordou-se.

Apercebeu-se de como estaria feliz se também estivesse a rodear Cassie daquela forma.

– Hum… – pigarreou. – Com a saia… é mais difícil saltar, só isso.

Cassie sorriu e levantou a saia. Os olhos de Cole abriram-se de espanto. Como raios esperava que conseguisse segurar os gatinhos, se…?

Calções! Respirou fundo de alívio. Cassie tinha calções por debaixo da saia.

Cassie piscou-lhe um olho, antes de se ajoelhar junto da vedação e afastar uma tábua de madeira. Outro gatinho, mais pequeno do que os seus irmãos, espreitou pelo buraco.

– Anda! – exclamou Cassie, batendo no joelho. – Não temos o dia todo.

Então, o gatinho atravessou o espaço na vedação e dirigiu-se para o seu colo. Cole não podia culpá-lo.

Cassie agarrou suavemente no animal e levantou-se.

– Vamos! – exclamou, fazendo sinal com a cabeça para o alpendre atrás de Cole. Ele seguiu-a sem pensar. Cassie fechou a pequena porta que dava para o alpendre, deixou o gatinho no chão e, um a um, foi pondo os outros ao pé dele.

Cole ficou a olhar para eles e sorriu.

– Ena, Cassie, são os gatinhos mais feios que já vi!

Cassie endireitou-se e olhou para ele.

– Feios?

Cole media quase um metro e oitenta e cinco. Quase todas as mulheres tinham de inclinar a cabeça para trás para conseguirem olhar para ele nos olhos. Cassie não tinha de o fazer, pois media um metro e setenta e cinco.

Cole ficava com dores no pescoço quando beijava outras mulheres. No entanto, não teria esse problema com Cassie.

Como se tivesse lido o pensamento dele, Cassie contemplou os seus lábios e ele ficou rígido. Então, Cassie abanou a cabeça e afastou-se.

– Feios? – repetiu, com voz forte. – O que sabes tu sobre isso, Cole Adams? Estes gatinhos não são feios. São lindos!

Cole contemplou um dos gatinhos. Cassie estava a exagerar.

– Amo estes gatinhos – continuou, levantando o queixo. – Quem ama o feio, bonito lhe parece. Portanto, poupa-me aos teus comentários.

Cole voltou a olhar para os gatinhos. Está bem, talvez «feios» não fosse a palavra adequada. Talvez…

Cassie agarrou no mais pequeno.

– Olha para ele! – ordenou. – Achas mesmo que é feio?

O animal miou e Cole não conseguiu evitar esticar um dedo e acariciar-lhe a cabecinha.

– É fofo – murmurou, finalmente, ao ver que Cassie estava a olhar para ele, furiosa. Impulsivamente, rodeou-lhe as mãos com as suas e esfregou a sua face contra a pele do gatinho. A pele de Cassie era quente e suave. – Desculpa. Não era minha intenção rir-me daquilo que amas.

Cassie abriu muito os olhos. Alguma coisa aconteceu entre eles. Alguma coisa doce e pura que Cole não conseguiu identificar. Ela afastou-se e ele deixou cair as mãos.

– Olá, Alec! – gritou Cassie, olhando para a porta.

Alec aproximou-se.

– Chegaste cedo, menina.

Cole olhou para ela. Cedo para quê?

– Não vim vê-lo – disse a Alec, piscando um olho a Cole. – Mas podia fazer alguma coisa útil e trazer-nos uma bebida. Está calor.

Cole ficou de boca aberta.

– Vai tu buscá-las. Eu estou numa cadeira de rodas.

– Não se arme em inválido comigo. Sabe conduzir essa coisa muito bem. Vou contar o tempo – respondeu, sentando-se numa das duas cadeiras que havia ao lado de uma mesa pequena.

Cole olhou para a porta e depois para Cassie.

– Desde quando são tão íntimos? – perguntou. Aquele era Alec, o homem que o criara, alguém com quem Cassie não brincava. Pelo menos, há dez anos não o fazia. Franziu o sobrolho e sentou-se à frente dela.

Cassie observou-o do outro lado da mesa, apoiou o queixo numa mão e, durante alguns segundos, não disse nada.

– Então, sempre conseguiu convencer-te, não foi? – perguntou.

A sua longa trança escura desaparecera, dando lugar a um penteado liso e curto que lhe chegava aos ombros. Quando se mexeu, uma madeixa de cabelo brilhante e escuro caiu-lhe sobre a cara e Cole teve vontade de esticar a mão e acariciá-lo, descobrir se era tão…

– Convenceu-me? – perguntou, esperando não ter ficado a olhar fixamente para ela.

– A vires passar o Natal.

Cassie franziu o sobrolho quando Cole permaneceu em silêncio.

– Não o fez?

– Não.

– Ele é o seu pior inimigo, sabias? – perguntou, com um suspiro, olhando para a porta.

– O que queres dizer?

– Quero dizer que há meses que se queixa de que nunca vens a casa. Disse-lhe que era bem feito. Disse-lhe que, se eu fosse a ti, também nunca regressaria.

– Disseste-lhe isso?

– Sim – Cassie cruzou os braços e levantou o queixo. – Disse-lhe que era um velho cruel.

De repente, Cole inclinou a cabeça para trás e riu-se. Olhou para ela com uma sensação intensa de afecto. Talvez Cassie tivesse mudado de apelido, porém, continuava a mesma pessoa de sempre, fazendo com que as situações más não parecessem assim tão más, mas suportáveis.

– Agora, é só um velho assustado – acrescentou, apagando o sorriso da sua cara.

– Assustado?

A porta abriu-se e Alec entrou na sua cadeira, com uma bandeja no colo.

– Cuidado com os meus gatinhos! – avisou Cassie. – Trouxe-os para o visitarem.

Alec resmungou, contudo, não deixou de olhar para o chão. Pôs um jarro com água e dois copos sobre a mesa. Cole pestanejou. O jarro continha rodelas de limão e cubos de gelo. Alec não podia ter…

– Quer fazer-nos companhia?

– Estou a ver o jogo de râguebi.

– Então, não perca mais tempo.

Cole observou, com espanto, como um sorriso renitente aparecia no rosto de Alec. Não se lembrava de ter visto Alec a sorrir há… pelo menos, dezoito anos.

– Cuidado com esta menina! – avisou a Cole.

Fora a frase mais longa que Alec pronunciara na última meia hora. Cole estivera dez anos fora. Dez anos. Contudo, ao entrar pela porta principal, Alec mal olhara para ele e dissera:

– Voltaste – como se acabasse de regressar da loja da esquina.

Nessa altura, pensara em voltar a sair e hospedar-se num motel.

– Tenha cuidado comigo! – respondeu Cassie, rindo-se, enquanto Alec saía. Encheu os dois copos de água e entregou um a Cole. – Está melhor. Não se queixou dos gatos.

– Porque dizes que está assustado?

Cassie franziu o sobrolho, como se a tivesse decepcionado.

– Tu não estarias assustado se estivesses a morrer, Cole?

Cole ficou a olhar para ela, incapaz de falar.

Cassie levou a mão à boca e perguntou:

– Não sabias?

Não. Ninguém lhe contara nada.

– Não foi por isso que voltaste? Pensei que tinhas falado com o doutor Phillips.

– Falei – disse, passando uma mão pela cara. – A única coisa que disse foi que Alec tinha de ir para o lar e que esperava que houvesse uma vaga depois do Natal.

Cassie apertou os dentes e disse:

– Esse homem vai ouvir-me. Lamento imenso, Cole, não devia ter-te dado a notícia assim.

– A culpa não é tua, Cassie – a culpa era dele. Estivera demasiado tempo fora. Tinha milhares de perguntas e, enquanto um dos gatos se roçava numa das suas pernas, fez a pergunta menos comprometedora. – Para que queres estes gatinhos todos?

– São presentes de Natal para os meus idosos.

Quem eram os seus idosos? Cole voltou a pousar o copo com força sobre a mesa.

– Pelo amor de Deus, não estás a pensar em dar um a Alec, pois não?

– O que achas? – respondeu. – Para além disso, não autorizam animais de estimação no lar.

Sentiu um nó no estômago, enquanto via um dos gatos a atacar os atacadores dos ténis de Cassie. Observou as suas pernas compridas e esbeltas. Passeou o olhar por ela. Tinha umas pernas esplêndidas, firmes e fortes.

Cassie inclinou-se para a frente e alisou a saia sobre os joelhos.

– Nunca o trataste por papá, pois não? Sempre lhe chamaste Alec.

– Nunca fomos muito unidos, pois não?

– Não – concordou, passando o dedo pela beira do seu copo. – Ele mudou, Cole. Não bebe há dois anos.

A sério? Sentiu um aperto no estômago. Seria a bebida a causa da sua doença?

– O que estás a tentar dizer, Cassie?

– Voltaste para fazer as pazes com ele, Cole, ou para te divertires?

– Achas que… – começou a dizer, enquanto se levantava.

Cassie levou um dedo aos lábios e fez sinal para a porta.

– Cuidado com o gato!

O gatinho meteu-se entre os seus pés e sentou-se debaixo da sua cadeira. Um dos seus irmãos juntou-se a ele. Lentamente, Cole voltou a sentar-se.

– Olha, Cole, eu compreendo! Eu tinha uma mãe como Alec, lembras-te?

Sim, ele lembrava-se. Havia dias em que desejava conseguir esquecer.

– E sempre lhe chamaste mamã – disse. – Fizeste as pazes com ela antes de morrer?

Uma madeixa de cabelo caiu-lhe sobre a cara, tapando-lhe os olhos, e Cole arrependeu-se de ter sido tão brusco. Não devia tratá-la daquela forma. Era a última pessoa que merecia.

– Não, nunca fiz as pazes com a minha mãe. Nunca deixou de beber o tempo suficiente para que tentasse fazê-lo.

Não ia chorar. Cassie nunca chorava.

– E, agora, está morta – concluiu, com um sorriso. Um sorriso triste que lhe chegou ao coração.

– Não merecias, Cassie – disse, acariciando-lhe a mão por cima da mesa.

– Tu também não.

Cole sentiu um grande vazio dentro de si quando ela afastou a mão.

– Ouvi dizer que és um grande arquitecto – acrescentou Cassie.

Não queria falar do passado. Seguira em frente com a sua vida. Tal como ele.

– Voltaste para casa para me construíres a tal casa na árvore?

– Tinha-me esquecido disso – disse.

– Eu não.

Qualquer coisa no seu tom de voz fez com que voltasse a olhar para ela. Tinha uns olhos incríveis: violetas, com uma textura suave e profunda de veludo. Cole tinha a sensação de que ela se lembrava de tudo.

– Até desenhei os planos para essa casa.

Como podia ter-se esquecido? Trabalhara semanas nesses desenhos.

– Lembro-me disso – disse, rindo-se. – Não encontrámos uma árvore suficientemente grande para ela.

– Tinha grandes expectativas.

– E tiveste muito sucesso.

As suas palavras foram suaves e parecia estar mesmo feliz por ele. Fez com que se sentisse envergonhado por evitar…

Respirou fundo e disse:

– Soube da morte de Brian. Lamento, Cassie.

Aquela madeixa de cabelo caiu sobre a sua cara, escondendo-a. As suas mãos tremeram e uma pontada de dor atravessou Cole.

 

 

Cassie sentiu um aperto no estômago. A sua expressão ficou séria. Não se lembrou de nenhum dos seus comentários habituais. Tentou desesperadamente recuperar-se.

«Idiota!», pensou. «Pensavas mesmo que podias ter uma conversa sem que surgisse o nome de Brian?»

Afastou o cabelo da cara, observou a preocupação nos olhos de Cole e não conseguiu aguentar. Por um momento, sentiu-se tentada a deixar que o cabelo lhe tapasse os olhos, para a ajudar a mentir, contudo, não conseguia mentir. A Cole, não. Ele perceberia.

– O Natal passado foi um inferno – era verdade. Começou a rodar a sua aliança de casamento no dedo. – Portanto, quero certificar-me de que este ano não acontece o mesmo.

Sentiu-se agradecida quando, com um simples movimento de cabeça, Cole assentiu e mudou de assunto.

– Quais são os teus planos? – perguntou. – Vais passar o Natal cá?

– Sim.